sábado, 30 de maio de 2009

Portugal já pensa no Nobel

Pesquisadores da Universidade de Coimbra descobriram uma nova força na natureza. Trata-se da atração que roupas brancas exercem sobre o molho de soja, o “shoyu”.

Houve muita comemoração na comunidade acadêmica portuguesa: “Hoje é um dia muito especial”, disse Henrique Mourinho, chefe da equipe que realizou a façanha. “Desde a invenção do limpador de para-brisas, que os americanos só tiveram o trabalho de colocar para fora do veículo, que Portugal não dá uma contribuição tão relevante à ciência.

A incrível descoberta deu-se depois de exaustivas pesquisas em restaurantes japoneses. Todos os clientes que estavam com roupa branca se sujaram com o molho, corroborando as suspeitas dos cientista. Roupas de outras cores também foram alvo, mas em proporção menor. “Aparentemente, quanto mais clara maior a atração”, explicou Mourinho “roupas pretas, por exemplo, são como que inertes”.

No entanto o cientista ressalta que o fenômeno precisa de um catalisador para se manifestar. “Acontece quando o sujeito come com hashi, aqueles pauzinhos que os orientais usam como talher. Acreditamos que algum componente da madeira deflagra o processo, mas ainda não podemos precisar. Talvez o molibdênio”.

Henrique Mourinho prometeu maiores detalhes numa próxima oportunidade pois enquanto falava com esta reportagem, recebeu telegrama avisando que sua mãe havia subido no telhado.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dúvida Cruel

Com a contratação de Obina pelo Palmeiras e a vitória do Barcelona sobre o Manchester , caso o alvi-verde ganhe a Libertadores um dos grandes dilemas da humanidade poderá ser resolvido: quem é melhor, Obina ou Eto'o?

A ver.

sábado, 23 de maio de 2009

Buona gente


A prisão do mafioso Leonardo Badalamenti em São Paulo é digna de nota. Primeiro por ter ressucitado a figura de Tommaso Buscetta, sócio da famiglia em algumas empreitadas do passado. Tommaso (ou Don Masino), nos seus dias de Brasil, deixou muito repórter e âncora de telejornal constrangido com a pronúncia de seu sobrenome cabeludo – perdoem o trocadilho.

Segundo por mostrar que ainda existem malfeitores com classe. Num país acostumado com traficantes que incendeiam ônibus, deputados que constróem castelos com o erário público, polícia que mata reféns e ladrões que enchem de bala transeuntes desavisados, é refrescante conhecer um bandido como Badalamenti. Enquanto os malfeitores domésticos gostam de esfregar sua bandidagem nas nossas caras, certos da impunidade, o italiano se esforça para manter uma fachada digna. Mora há dez anos no mesmo lugar, cultivando hábitos simples. Beija criancinhas, ajuda idosos a atravessar a rua, joga xadrez com o vizinho e, nos momentos de introspecção, fuma um singelo cigarrinho de palha na varanda de casa. Ninguém na vizinhança consegue acreditar que ele seria capaz de se envolver com o crime, mesmo sendo filho de um mafioso siciliano de primeira grandeza.

Enquanto isso Badalamenti – que, afinal, precisa tirar o sustento de algum lugar - organizou um esquema internacional para a captação de crédito em entidades como Lehman Brothers, Shangai Bank e HSBC e para a venda de títulos falsos da dívida da Venezuela.

Convenhamos: até na escolha das vítimas o sujeito é cativante.

Pérolas

Há galinhas que põem muitos ovos, outras poucos. Algumas nenhum. Não tem nada a ver com sua fertilidade. É apenas uma questão de postura.

Criatividade pouca é bobagem

Se alguém pensa em abrir um brechó especializado em lingerie, vai aqui a dica de um nome supimpa: Brechota.

E nem precisa me pagar direitos autorais!

Olha o foco!


Bandidos em fuga rechearam com sete balas um pobre ciclista que passava pelo seu caminho. Simplesmente para ver se a vítima esburacada serviria de obstáculo para a polícia, que vinha no seu encalço. Ontem, no Jornal Nacional, noticiaram o crime e mostraram a tal bicicleta. Hoje, no Estado de São Paulo, a notícia veio com uma caixa de destaque falando do amor do jovem assassinado pela sua bicicleta, de como ela era seu xodó, e que todo dinheiro que ele ganhava investia na “magrela”.

Me lembrei de uma crônica, na qual Nelson Rodrigues fala do jornalista que inventa um canário cantando até a morte para dar mais drama a um incêndio chinfrim que ele precisou noticiar. Não havia vítimas, a destruição foi pouca. O passarinho imaginário, no entanto, fez a notícia virar assunto.
Pelo visto os jornalistas de hoje acham que ser trucidado com uma sariavada de balas não causa impacto suficiente, e resolveram transformar a bicicleta orfã no canário agonizante.
O pior é que a bicicleta saiu ilesa do episódio.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Ditado

Em casa de pai bravo, filho que vai mal no Enem ganha um enema, se é que vocês me entendem.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Emerdson

Amigos, cuidado. Há um sujeito por aí, que atende pelo nome de Emmerson Nogueira (isso mesmo, com dois emes) que anda destruindo, sem a menor cerimônia, os grandes clássicos do Pop e do Rock. Pink Floyd, Bob Dylan, Supertramp, ninguém escapa da fúria demolidora de Emmerson.

A carreira deste malfeitor teve início nos barzinhos. Como tem um domínio da língua inglesa maior do que a média dos cantores que brotam nestes lugares, Emmerson se dedicou ao morticínio das canções americanas e inglesas. Por saber pronunciar as palavras girl e world de maneira aceitável achou que tinha uma jóia na mão, ou melhor, na garganta, e saiu por aí a gravar discos.

O pior é que caiu no gosto do povo. Ao invés de ouvir as músicas cantadas pelos intérpretes originais, muita gente prefere o Emmerson, que faz pot-pourris com os clássicos do pop-rock. Ter Hotel California, Kayleigh, Every Breath You Take e Stairway to Heaven todos num só CD é mais prático e conveniente. Malditos sejam os preguiçosos! Por causa deles Emmerson vai se expandindo cada vez mais, gravando novos álbuns e invadindo as áreas públicas, quando deveria ter ficado restrito às privadas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Contigo para sempre

A revista Contigo dedicou uma página inteiria à morte de Alfredo Boal. Comenta-se, à boca pequena, que a família do dramaturgo está ofendidíssima.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Pragas Urbanas

Se os motoqueiros fossem apenas vítimas, eu teria pena. Se fossem apenas arrojados, ficaria espantado. Se fossem apenas folgados, xingaria. Mas o barulho do escapamento e a buzina estridente que lhes anuncia por entre os carros despertam meus instintos mais primitivos.

sábado, 9 de maio de 2009

Menina dos Olhos

Durante disputa no Grand Prix de judô, um lutador parou o combate para ajeitar sua lente de contato, com o cuidado que se faz necessário. Num evento em que faixas-preta passam rasteiras, estrangulam e se engalfinham até sangrar na tentativa de derrubar o adversário, ficou engraçado ver o sujeito encostando a ponta do dedo delicadamente na lente, de boca entreaberta e piscando os olhinhos freneticamente.

Ainda bem que ele conseguiu resolver sozinho. Se tivesse pedido para o técnico dar uma assopradinha, cairia-lhe bem ser punido com um wazari técnico.

Gripe adota nome artístico e sai em turnê mundial

Preocupada com a queda no consumo de carne suína, a indústria do porco solicitou à OMS que alterasse o nome da gripe suína para qualquer outra coisa, como Suelen Cristina, Djanira Lúcia ou mesmo algum nome sugerido por Baby Consuelo.

A Organização Mundial da Saúde, cuja sede foi transferida provisoriamente para o Parque Antártica, acreditando que finalmente encontrou uma doença que vai varrer de vez a humanidade da face da Terra, não viu problemas no pedido: “acho que a mudança de nome vai ser importante para trazer nova vida à doença, que começa a mostrar sinais de desgaste. Para se ter uma idéia, hoje essa é a primeira entrevista que dou. No começo eram umas 15 por dia!” lamentou um funcionário da entidade.

Antes de, num arroubo de criatividade, ter chegado ao nome de Influenza A, a OMS cogitou chamar a doença de Gripe Mexicana, no que foi fortemente criticada. “Quando era Gripe Suína, as pessoas deixaram de comer porcos. Não queremos que o erro se repita.” declarou Pablo Muñoz, o Pablito Buracón, presidente da Academia Mexicana de Pederastia.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Me faltam palavras...

Pára! Pára tudo!



Pára o mundo que eu quero descer.

Gordinha Sapeca

Tem coisas que só pertencem ao mundo do futebol. O ataque do Flamengo, por exemplo, encontra uma dificuldade tremenda em marcar gols. Para Emerson, um dos centroavantes, jogador de estilo refinado (comparece nos programas esportivos vestindo Lacoste ao invés de NikoBoko), o problema é a bola. “O time está jogando bem, a bola é que não está entrando”. Não é falta de pontaria ou senso de oportunidade, ela que anda muito arisca e se recusa à descansar nas redes tal qual um Caymmi esférico.

Só no futebol se pode usar um argumento desses sem parecer um completo idiota. Se fosse um piloto de avião ou servente de obra, iria produzir despaupérios como acidentes aéreos causados por aviões que refugam ou desmoronamentos por causa de desentimento entre tijolos.

Sendo assim, Emerson, não se apoquente. No próximo jogo o Flamengo troca você por um adestrador de bolas que fica tudo resolvido.