sexta-feira, 24 de abril de 2009

Pessoas que Acreditam Piamente II

Os Sarney acreditam piamente que o Maranhão é seu, só seu

Os parlamentares acreditam piamente que são gente de respeito

Rubinho acredita piamente que seu problema é falta de sorte

Bento XVI acredita piamente

Stevie Wonder só acredita piamente vendo

BBB Judiciário


Como as sessões do STF são transmitidas pela TV - ao vivo e em definitivo, como diria Galvão - todo mundo pode acompanhar o cotidiano dos ilustres ministros, como num Big Brother de magistrados. Seria então interessante que Pedro Bial convocasse um paredão extraordinário e pedisse para o povo decidir quem deve ser eliminado, se Gilmar Mendes ou Joaquim Barbosa. Se bem que, pela regra, não dá. Gilmar é o Líder...

Padre Paraguayo

Deixo aqui registrado meu apoio ao fértil presidente do Paraguai, Fernando Lugo. Melhor um padre que faz criança do que outro que as come.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Série: Pessoas que Acreditam Piamente

Max acredita piamente que é o Garry Kasparov do Big Brother;

Priscila (do mesmo BBB) acredita piamente que não tem pinta de michê;

Lula acredita piamente que é O cara;

Suzana Vieira acredita piamente que ainda dá um bom caldo;

Ronaldo acredita piamente que só falta 1,8 quilos para ficar nos trinques.

sábado, 18 de abril de 2009

Scarlett Penélope Barcelona

Woody Allen é um daqueles diretores que semprem me levam ao cinema ou, pelo menos, volta comigo da locadora. Independente do que diz a crítica. Está naquela categoria de coisas em que a opinião alheia pouco importa, tenho que ver com meus próprios olhos.

Vicky Cristina Barcelona vi no DVD. Mesmo que não fosse filme dele, iria assistir. Se não é difícil ignorar Scarlett Johansson e Penélope Cruz sozinhas, quiça juntas. São coisa linda de se ver, adornam qualquer película. Além de boas atrizes, é claro. E ainda tem Javier Bardem, engrossando o elenco com seu perfil de toureiro.


A capa fala de “comédia deliciosa” e de “Allen em grande forma”. Achei legal, apenas legal. Os atores são ótimos, Woody é porreta e é refrescante ver uma cidade européia como pano de fundo. Barcelona esteve perfeita no seu papel. Mas a história fica aquém do resto. Falta pegada. E chamar o filme de comédia, só se for no senso eudito da palavra, pois trata-se de uma trama de sobre relacionamentos falidos e insatisfações amorosas de todos tipos. Não tem nada de cômico. Se alguém gargalhar do seu lado no cinema, pode olhar feio.

O que Woody queria era fazer um filme na Espanha. Deve ter passado umas férias lá e decidiu - “vou rodar um filme aqui!”.

- Na Espanha, Woody?
- Isso. Em Barcelona!
- E qual será a história, Woody?
- Pouco importa.

Sendo na Espanha, chamou Javier Bardem. Bardem está para o país como Ricado Darin para a Argentina, ou como Depardieu foi um dia para a França. A segunda escolha óbvia é Penélope, a fêmea ibérica. E Scarlett, musa do momento. Pronto. Ficou tudo muito bonito, os atores deram conta do recado – Penélope levou até um Oscar pela esfuziante personagem maníaco-depressiva. Mas se você perguntar a qualquer transeunte sobre o filme, ele vai responder: “É aquele em que a Penélope Cruz e a Scarlett Johansson se beijam na boca?”

A verdade, senhores, é essa. O ponto alto do filme são as duas. Como disse meu Woody imaginário, pouco importa a história. No final das contas – para não dizer no frigir dos ovos – o filme não passa de um desejo sexual do diretor. Woody está longe de ser santo. Um sujeito que casa com a própria enteada é um sátiro, registrado em cartório e com firma reconhecida.

Mas é também um diretor reputadíssimo. Enquanto o sujeito comum dá vazão às suas fantasias com as profissionais do ramo, Woody chama Scarlett e Penélope; enquanto os mortais registram suas sacanagens no vídeo do celular para mostrar aos colegas da firma, Woody grava em 16mm e tem estréia mundial simultânea.

Minha Pátria, Mãe Gentil

Adoro viajar e não nego que já cogitei mudar de vez para algum outro lugar. Talvez Europa, ou mesmo os Estados Unidos - confesso: adoro os Estados Unidos.

Mas, colocando as coisas na balança, desisto. O Brasil é especial. É, por exemplo, o único país do mundo que tem biscoito de polvilho. Imagine morar num lugar em que você não pode, num domingo qualquer, ir à padaria ou parar na estrada e comprar bicoitos de polvilho? Não que seja meu alimento predileto. O que mata é a ausência da opção de comprar ou não. Há privação maior?