quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Competição mostra o melhor da África

Os dias turbulentos que antecederam seu início, quando o ônibus com a delegação de Togo foi metralhado por terroristas, ficaram para trás, e a Copa Africana de Nações começou de maneira exuberante, em Angola. A festa de inauguração, realizada no Estádio Pedro Paulo Umbuba, o Umbubão, exibiu a fina flor da cultura africana. Delegações dos 16 países desfilaram perante a imensa torcida num espetáculo de luz e cor. Burkina Faso trouxe a nata esportiva do país, todos com mais de 47kg, os temidos Hienas de Uagadugu. Já a equipe do Gabão desfilou guarnecida pelo batalhão mirim do exército nacional. Os meninos de 4 a 6 anos, disparavam tiros para o alto, o que causou um início de tumulto, rapidamente controlado pelo policiamento local, que munido de facões arrancou o braço daqueles mais exaltados. O ponto alto do espetáculo acabou sendo a cerimônia de clitoridectomia coletiva. Ao som de belíssimas canções zulus, 50 meninas tiveram seus clitóris extirpados simultaneamente, sem anestesia. Uma demonstração de força e valor da mulher africana.


E não é só nos gramados que os visitantes encontrarão divertimento. Estão programadas diversas atividades extra-campo, como apedrejamento de mulheres adúlteras, enforcamento de ladrões e workshops de magia negra, que prometem manter os turistas entretidos entre os jogos. Os mais arrojados poderão participar das diversas invasões às tribos, onde o estupro é liberado. Para este tipo de atividade, o governo angolano recomenda o uso de preservativo e protetor solar.


Infelizmente nem tudo é alegria e algazarra. As Forças de Libertação do Estado de Cabinda, responsáveis pelo ataque ao ônibus e pelas ameaças ao atacante marfinês Drogba, prometem continuar com as hostilidades no decorrer da competição. Uma das ameaças é de encher de minas o gramado dos estádios onde serão realizadas as partidas. As autoridades esportivas angolanas, no entanto, já se anteciparam e vão permitir às equipes até 15 substituições por jogo. É a vitória da criatividade sobre a barbárie.

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