Guilherme Arantes volta em grande estilo

Terra, Planeta Água – Depois de um longo e bem-vindo recesso, Guilherme Arantes anunciou seu retorno ao cenário musical. Por mais de uma década o músico se afastou dos shows e do estúdio para se dedicar integralmente à jardinagem, paixão de sempre “tenho um carinho especial pela begônias, para quem eu canto todas as manhãs” confidenciou o artista, em seu retiro “Mas elas morreram durante a composição desse novo disco, que vai se chamar Pobres Begônias. O nome foi sugestão de uma vizinha e eu achei super poético.”

O surpreendente anúncio da volta repercutiu muito além do meio artístico. As autoridades estão preocupadas com as novas gerações, que nunca ouviram a música de Guilherme Arantes. “Não sabemos extamente quais serão os efeitos, mas era grande o número de fãs que apresentavam fortes sinais de depressão”, explicou um alto funcionário do Ministério da Saúde. “ E muitos ouvintes indiretos, expostos à música por longos períodos, como garçons de barzinhos de MPB e recepcionistas de consultórios, sofreram de problemas hepáticos”, o que reforça a opinião daqueles que acham o cantor um porre.

Alguns colegas de profissão saíram em defesa do músico, como Oswaldo Montenegro: “Eu e Guilherme somos acusados injustamente de causar o fim da era dos festivais, mas é tudo uma grande bobagem. É preciso equilíbrio, o yin e o yang , o feio e o bonito. Nossa música é tão importante quanto as outras, aquelas consideradas boas pelo mainstream”. Ivan Lins preferiu se manifestar cantando para o amigo “No novo tempo, apesar dos castigos/ A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça/ Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver”. Artistas atuais também se rendem ao talento do criador de Cheia de Charme e Deixa Chover. “Guilherme Arantes é um ícone, um ídolo para mim. Se eu tivesse o talento dele para compor, não faria o que faço com a música dos outros”, confidenciou Emmerson Nogueira.

A gravadora de Guilherme Arantes se antecipou e já entrou com um pedido de apoio junto ao Ministério da Cultura, para que, caso o novo disco encontre dificuldades no mercado, as músicas possam ser tocadas durante a Hora do Brasil e no Intervalo Eleitoral Gratuito.